segunda-feira, 16 de novembro de 2009

História e educação dos surdos



Ao ler a história dos surdos, desde a idade média, percebi que é uma história de grandes lutas e muito sofrimento.

Os surdos vem através dos tempos lutando pelo direito de se expressarem através de uma língua própria, que no Brasil chamamos de LIBRAS, travam também uma batalha contra o preconceito imposto a eles pela sociedade, por serem diferentes do padrão estipulado como “normal”. Porém, acredito que a maior luta seja aquela aquela travada consigo próprio, de superação das dificuldades, de buscar vencer o desânimo que o preconceito causa, obtendo mais conhecimento e aceitação da sua cultura surda dentro da sociedade.

O MENINO SELVAGEM

O menino Victor foi encontrado na floresta, onde possivelmente tenha sido abandonado para morrer. Apesar disso ele conseguiu sobreviver e crescer livre junto a natureza. Não recebeu nenhum tipo de educação e foi privado do convívio com outros humanos o que o levou a desenvolver um comportamento selvagem.

Assim como na idade média os surdos causavam grande curiosidade o mesmo ocorreu com o menino selvagem. As pessoas queriam vê-lo, e no início ele foi exposto à visitação, como um animal no zoológico.

O Dr. Pinel atribuiu ao menino a condição de idiota acreditando ter sido esta a causa dele ter sido abandonado na mata, prática comum naquela época (1800)

O Dr. Jean Marc Itard acreditava que o comportamento selvagem do menino se dava pela privação da chance de ser educado e que ele possuía inteligência, tendo esta que ser despertada através de treinamento, atividades, afeto, conversas.

Com o auxílio de uma governanta, paga pelo Estado, o Dr. Itard começou a ensinar o menino Victor. As vezes as aulas eram tantas e tão difíceis para o garoto que ele tinha crises tendo que ser atendido e acalmado pela governanta.

Porém os esforços foram recompensados, tanto o do médico como os do garoto. Victor demonstrou que era inteligente. Aprendeu a usar roupas e calçados, demonstrou afeto pelas pessoas que o ensinavam, desenvolveu senso de justiça, aprendeu a expressar-se e conseguiu voltar para casa, depois de passar alguns dias perdido na região.

A história de Victor poderia ter sido muito diferente e ainda mais triste. Se não fosse a intervenção do Dr. Itard provavelmente ele ficaria internado na instituição de surdos, onde ficava escondido embaixo das folhas no pátio, embaixo da cama à noite e servia de figura de exposição para pessoas curiosas.
É interessante também pensarmos que o garoto foi diagnosticado como idiota, não se comunicava, não entendia o que lhe diziam e foi internado numa instituição de surdos.

A história dos surdo vem se modificando de maneira lenta porém positiva.

Os pais, a família, bem como a sociedade atualmente aceita com mais facilidade as crianças surdas. As escolas evoluíram e muitos parentes de surdos se empenham em aprender LIBRAS.

Os avanços na área da medicina também facilitam o tratamento precoce. As tecnologias como telefones e relógios específicos para pessoas surdas melhoram a comunicação entre todos.

Muitos profissionais em educação buscam conhecimento na área de LIBRAS para atender seus alunos. Enfim acredito que existe ainda muito preconceito, porém bem menos do que já existiu.

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1 Comentários:

Às 18 de novembro de 2009 às 08:58 , Blogger Marga disse...

Oi Juçara

Tua análise , foi bem sintetica e clara. Demostraste pontos interessantes que condizem com o que muitas familias ainda nos dias atuais são obrigadas a enfrentar no que tange a inclusão do Surdo no contexto social. Tu apontaste elementos importantes que aparecem até os dias atuais. No que o filme tem em comum com as leituras trazidas na interdisciplina? Será que só a apropriação da Linguagem de Sinais é o suficiente para minimizar o preconceito que circunda o contexto desse sujeito? o que pode evidenciar a aprendizagem desse aluno?

 

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