domingo, 16 de maio de 2010

EMOÇÕES e Educação Infantil

Ter cinco ou seis anos significa ver e experimentar muitas coisas pela primeira vez: a escrita do próprio nome, descobrir as minhocas debaixo dos vasos, conseguir fazer um "morcego" nas aulas de educação física, dosar a força para quebrar o ovo da receita, construir rios e represas no tanque de areia, surpreender-se com o resultado da mistura de tintas, perseguir os sapos escondidos no bosque, perceber o significado de equipe ao somar os pontos de um jogo, ler a primeira palavra e até perder o primeiro dente.

Em tudo isso são depositados grandes sensações e sentimentos e nesta sexta semana de estágio a partir da leitura do livro Bom dia todas as cores as atividades foram planejadas para que os pequenos possam reconhecer e externar seus sentimentos e emoções.

Pesquisando um pouco mais sobre o assunto, encontrei um texto sobre Educação Emocional, escrito por Paulo Périssé - Doutor em Psicologia pela USP, o qual citarei uma parte:

"Quando as crianças não desenvolvem na infância estas habilidades e competências sócio-emocionais, podem tornar-se adultos insensíveis e indiferentes à dor e ao sofrimento alheios, inclusive quando estes são causados por si mesmo.

Hoje em dia sabemos que, desde pequenas, as crianças são capazes de sentir todas as emoções de um adulto, só que ainda não sabem como percebê-las, rotulá-las, compreendê-las, nem regulá-las. Tudo isto precisa de ser aprendido.

Durante muito tempo, as emoções, nas escolas, ficaram da soleira da porta para o lado de fora. O conceito de inteligência emocional ainda não existia e, como as questões emocionais também não eram, normalmente, abordadas na educação doméstica, as pessoas tinham que aprender a lidar com as suas emoções como podiam, ou não podiam. Assim, na falta de uma educação emocional explícita, elas lutavam na escuridão, contra si mesmas, como dizem Berrocal e Ramos (2001), produzindo geração após geração de "analfabetos emocionais" - a minha inclusive."


Como é bom saber que as teorias educacionais, que valorizam a afetividade entre educandos e educadoras e que dão espaço para ensinar emoções estão sendo postas em prática, né?

1 Comentários:

Às 25 de maio de 2010 às 12:09 , Blogger Marga disse...

Sem dúvida, Juçara, e está em ti a habilidade e o traquejo em lidar com as inúmeras emoções presentes no cotidiano afim de tecer elos para enaltecer afinidades e facilitar aprendizagens! Parabéns, A tomada de consciência para planejar atividades criativas, manter um embasamento coerente, faz do Estagio, um tempo que flui e passa! A experiência vale e o mais interessante é que tu transpareces uma grande satisfação digna de bons educadores. Agora falta pouquinho para terminar essa etapa. O mais importante é que teus alunos possam vivenciar aprendizagens com um olhar mais reflexivo e instigante e ter continuidade na caminhada e possibilitar essa interação como algo tranquilo e eficaz. A tua disciplina em realizar os trabalhos em dia e a persistência, já apresentam bons resultados, não é?

 

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